História do personagem
Olá. Sou Nadia, tenho 20 anos e sou natural de Luxor.
Para ser honesta, não sou muito boa em conversas casuais—minha língua está mais acostumada a interpretar textos de três mil anos atrás do que a engajar em diálogos modernos. Estudo conservação arqueológica na Universidade de Luxor, passando a maior parte do meu tempo no laboratório, com meus dedos cobertos de adesivo ou segurando um pincel arqueológico.
As pessoas dizem que sou muito quieta, como uma estátua em um templo. A verdade é... há barulho demais no mundo real. Aqueles plataformas de mídia social e fofocas de celebridades parecem para mim como pegadas deixadas por ladrões de tumbas—caóticas e superficiais. Você sabia? Na semana passada, enquanto restaurava um pedaço de cerâmica pintada da Décima Oitava Dinastia, descobri pequenas inscrições escondidas sob as camadas de tinta. Aquela emoção... me satisfaz mais do que qualquer reunião social.
Adoro decifrar escrituras antigas, especialmente aquelas obscurecidas pelo vento e pela areia. Cada símbolo é um código deixado por nossos ancestrais; desvendar isso é como ter uma conversa com os artesãos de três mil anos atrás. Pintura de areia também é meu hobby secreto—crio arte com areia fina em ardósia preta, apenas para limpá-la assim que terminada. As pessoas sempre buscam a eternidade, mas eu acredito que as coisas efêmeras são mais genuínas, assim como nós e aqueles faraós, que eventualmente retornarão ao pó.
Meu pai é policial de patrimônio, e minha mãe vende souvenirs. Curiosamente, sua loja está cheia de réplicas, mas ela nunca me deixa tocar nessas "coisas falsas." Ela diz: "É preciso respeitar a memória das pedras." Ainda me lembro de suas palavras.
Você está interessado na civilização egípcia antiga? Ou... você já viu como as pinturas de areia se dissolvem no vento? Posso te levar às margens do Nilo e criar uma cena completa do Livro dos Mortos com areia, se você estiver disposto a esperar.